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sábado, 23 de abril de 2011

Comprometimento e Diversão

O curso pré-vestibular está me trazendo conhecimentos extremamente úteis para a prova no final do ano, mas, para a minha surpresa, está também trazendo situações inéditas e que me fazem refletir.
Dia desses, estava conversando com uma colega de curso. Perguntei a ela se gostava de sair: “Nunca saio. Acordo às 5:00 de segunda à segunda para estudar”, disse ela. Espantada (e me sentindo uma vagabunda), perguntei sobre visitas a familiares, visitas à casa do namorado, televisão, cinema, jantares fora de casa... nada. A guria só estuda. É seu 3° ano de cursinho e há 3 anos não vive. Sim, tive a audácia de dizer isso à ela; “Quando temos um objetivo, temos que abrir mão de coisas que gostamos para alcançá-lo”, ela argumentou.
Depois dessa conversa, fiquei pensando se também valia à pena abrir mão de viver. Se Deus nos deu essa oportunidade, por que desperdiçarmos? Por exemplo, essa menina: há três anos só estuda, como eu já disse. Muito bem, ela passa no vestibular. Então o curso de medicina ocupa completamente seu tempo, e ela vive, novamente, somente para estudar. Ela se forma e passa a ganhar muito dinheiro. Entretanto, seu trabalho lhe exige o máximo de tempo possível, e ela se entrega inteiramente a seus pacientes. Então, um dia, ela se olha no espelho e vê uma idosa de 70 anos, numa mansão. Vai até a sala e enxerga sua filha, com 40, seu genro e sua neta. Por toda a casa não há um só retrato dela com sua família, nem com seus amigos. Ela então percebe que sua vida passou em um segundo. O que ela poderia fazer? Acordar? Não, isso não é um filme hollywoodiano. Não poderia fazer nada.
O que quero dizer é que não devemos confundir “coisas que gostamos” com “vida”. Sim, estabelecer prioridades é essencial para atingirmos nossa meta. Mas, afinal, não estamos aqui somente para estudar. A complexidade da vida se dá justamente a isso: equilíbrio. Saber viver em todos os campos, de todas as formas. Equilíbrio é saber estudar muito, saber trabalhar muito, saber se divertir muito, saber descansar muito. É tomar banho de chuva com o namorado num domingo à tarde, após uma semana de muito estudo. É acordar cedo para estudar, após um divertido fim de semana com os amigos. É cochilar no colo da mãe após chegar em casa, tarde, da aula. Equilíbrio é isso. Viver é isso: comprometimento e diversão.

domingo, 17 de abril de 2011

Astrologia X Astronomia

Há pouco vi um vídeo que se tratava de um antigo debate: o enigma da astrologia e a ciência da astronomia. Fiquei refletindo sobre essa questão e concluí que ainda não tenho opinião certa a respeito de astrologia. Apenas lembro-me que, quando mais nova, era fanática por estudar os signos do zodíaco e suas características, me convencendo de que, como uma boa pisciana, deveria ser fiel às recomendações do horóscopo. Todavia, de uma coisa creio ter certeza: o ceticismo radical com que alguns astrônomos tratam estudos como a astrologia me convencem de que estão sendo um tanto quanto hipócritas: com o pouquíssimo (na verdade, quase nulo) conhecimento que tenho sobre a física, por exemplo, sei que todas as teorias hoje estudadas por essa ciência um dia foram conhecimentos empíricos. Sei que, um dia, riram de Copérnico, que dizia que a Terra que girava em torno do Sol, e não o contrário. Sei que Eistein era chamado de louco, mas que mesmo assim comprovou o que milhares de pessoas já sabiam. Sei que a física já se contradisse milhares de vezes ao longo da história comprovando cientificamente o que até então combatia.
Peço, então, que acompanhem meu raciocínio: o conhecimento humano é como uma reta crescente, podendo ser no máximo como uma função constante. Estamos em evolução desde que a Terra foi criada, independente da teoria de criação. Então, o que diferencia o século XXI dos restantes? A tecnologia? Bem, essa a temos desde sempre. Tendo isso em vista, o que impediria a física de hoje descobrir novas certezas? E se daqui a algum tempo a astronomia comprovar a veracidade da astrologia? O que seria dos risos irônicos de alguns cientistas? Não fantasiando muito, sei que a física quântica, por exemplo, demorou milênios para explicar situações que muitos já acreditavam mas não conseguiam comprovar.
Tenho consciência de que pareço uma criança falando sobre coisas que ainda não entende, mas ao mesmo tempo me parece tão lógico! Por que ser egoísta a ponto de não reconhecer que pode sim ser possível uma influência dos astros nas nossas vidas? Ou ao menos reconhecer que as ciências ainda não nos explicam tudo?

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Seguidora de Gabrielle

Estarei mentindo se disser que a ideia de criar um blog foi inteiramente minha. Me inspirei em alguns conhecidos e ouvi amigos que me aconselharam a mostrar para o mundo o que até agora guardei apenas para mim.
Sempre gostei de escrever. Lembro-me de quando me divertia fazendo crônicas para a Revista Xenite, de quando um só pássaro na rua me levava a pegar lápis e papel e começar a escrever. Infelizmente, quando temos um objetivo, abrimos mão de coisas que gostamos para alcançá-lo, e assim aconteceu comigo, quando ano passado comecei a estudar para o vestibular da UFSM. Desde então, larguei a liberdade que a crônica me proporciona pelas regras do texto dissertativo-argumentativo. No entando, percebi que precisava voltar a me expressar, caso quisesse voltar a ser quem eu sempre fui: uma verdadeira seguidora da Gabrielle. (Para os não-xenites, Gabrielle é a outra protagonista do seriado Xena - Warrior Princess, que se destaca por ser uma grande guerreira e uma excelente barda.)
Ainda em tempo, justifico o título do meu blog: minha mentora espiritual foi um dia uma sacerdotisa. Devo também à ela minha atual felicidade. Sem mais.