O curso pré-vestibular está me trazendo conhecimentos extremamente úteis para a prova no final do ano, mas, para a minha surpresa, está também trazendo situações inéditas e que me fazem refletir.
Dia desses, estava conversando com uma colega de curso. Perguntei a ela se gostava de sair: “Nunca saio. Acordo às 5:00 de segunda à segunda para estudar”, disse ela. Espantada (e me sentindo uma vagabunda), perguntei sobre visitas a familiares, visitas à casa do namorado, televisão, cinema, jantares fora de casa... nada. A guria só estuda. É seu 3° ano de cursinho e há 3 anos não vive. Sim, tive a audácia de dizer isso à ela; “Quando temos um objetivo, temos que abrir mão de coisas que gostamos para alcançá-lo”, ela argumentou.
Depois dessa conversa, fiquei pensando se também valia à pena abrir mão de viver. Se Deus nos deu essa oportunidade, por que desperdiçarmos? Por exemplo, essa menina: há três anos só estuda, como eu já disse. Muito bem, ela passa no vestibular. Então o curso de medicina ocupa completamente seu tempo, e ela vive, novamente, somente para estudar. Ela se forma e passa a ganhar muito dinheiro. Entretanto, seu trabalho lhe exige o máximo de tempo possível, e ela se entrega inteiramente a seus pacientes. Então, um dia, ela se olha no espelho e vê uma idosa de 70 anos, numa mansão. Vai até a sala e enxerga sua filha, com 40, seu genro e sua neta. Por toda a casa não há um só retrato dela com sua família, nem com seus amigos. Ela então percebe que sua vida passou em um segundo. O que ela poderia fazer? Acordar? Não, isso não é um filme hollywoodiano. Não poderia fazer nada.
O que quero dizer é que não devemos confundir “coisas que gostamos” com “vida”. Sim, estabelecer prioridades é essencial para atingirmos nossa meta. Mas, afinal, não estamos aqui somente para estudar. A complexidade da vida se dá justamente a isso: equilíbrio. Saber viver em todos os campos, de todas as formas. Equilíbrio é saber estudar muito, saber trabalhar muito, saber se divertir muito, saber descansar muito. É tomar banho de chuva com o namorado num domingo à tarde, após uma semana de muito estudo. É acordar cedo para estudar, após um divertido fim de semana com os amigos. É cochilar no colo da mãe após chegar em casa, tarde, da aula. Equilíbrio é isso. Viver é isso: comprometimento e diversão.
Oi Diessy! Muito legal mesmo seu post. =) Desejo mesmo que você atinja seus objetivos na vida, você merece, pela clareza e pela simplicidade com que percebe as coisas boas da vida. Acho que o que você escreveu é realmente o que precisamos. Beijos, uma ótima Páscoa pra você e sua family! ^^
ResponderExcluirmt bom seu post di. Acho que se a pessoa ficar o tempo todo só estudando tb, nem aprende direito. Eu comecei a me cobrar menos e minhas notas estão melhorando. Estou amando seu blog, tráz muitas reflexões boas^^
ResponderExcluirBem certinho o que eu penso! Tem horas que me culpo por estudar menos, por não conseguir preencher todos os polígrafos com exercícios e mais exercícios. Queria ser um daqueles que sempre têm uma dúvida pra tirar com o professor - sinal de que está sempre lendo e fazendo exercícios. Mas tenho uma vida deliciosa, de momentos de descontração com a casa cheia de amigos, sobrinhos ou só com meu marido vendo um filme. Quero muito passar nessa porquera de vestibular, mas, francamente, acho que nem mesmo esse sonho tão grande vale um "ano morrido", até hoje cada ano que passei foi bem vivido. Um bjão sacerdotisa. Fique bem (é o que realmente conta).
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